terça-feira, 31 de julho de 2007

Nouvelle Vague

O mais novo destaque da cena musical francesa é o coletivo Nouvelle Vague, de Olivier Libeaux e Marc Collins - produtor por trás do projeto Volga Select, da descolada Output Recordings.
(o som do vídeo não está muito bom)



No álbum de estréia, "Nouvelle Vague", a dupla convida sete cantoras (cinco francesas, uma brasileira e uma novaiorquina) para regravar clássicos da cena gótica, punk e rock do final dos anos 70 e começo da década de 80. Tem Joy Division, Depeche Mode, The Clash, The Cure, Dead Kennedys e The Undertones, entre outros.

"A idéia era esquecer o background punk e new-wave de cada canção, manter os acordes principais das músicas e trabalhar com as jovens cantoras que nunca tivessem escutado as versões originais", explica o material de divulgação do álbum.

"Nouvelle Vague" abre com "Just Can't Get Enough", do Depeche Mode. Depois vem "Love Will Tear US Apart", do Joy Division, em clima de tarde na praia, com sol morrendo no mar e vento começando a soprar (ê saudade de Moreré). Nos vocais das faixas de abertura preste atenção no delícia de voz da Eloisia, brasileira radicada em Paris. Ouça"Guns of Brixton".

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Cartola - Verde que te quero rosa (1977)

Mais um post do mestre Cartola. Já escrevi aqui sobre ele, clique aqui e conheça mais sobre o mestre. Essa aí é um álbum de 77 que reúne clássicos interpretados pela prórpria voz serena do Cartola, como "Tempos Idos", "Autonomia", "Grande Deus", "Fita Meus Olhos" e a faixa que abre o disco "Verde Que Te Quero Rosa".

Bebel Gilberto - Tanto Tempo (2000)

Filha de João Gilberto e Miúcha, Bebel nasceu em Nova York, onde seus pais moravam. Começou a cantar cedo, participando de coros infantis em discos e musicais como "Saltimbancos" e "Pirlimpimpim". Depois de algumas tentativas de carreira solo no Brasil durante a década de 80, quando compôs ao lado de Cazuza, Dé e outros nomes do pop/rock nacional e chegou a lançar um EP pela Warner (com "Mais Feliz", "Eu Preciso Dizer que Te Amo" e outras), mudou-se para Nova York em 1991. Revezando-se entre os Estados Unidos e a Inglaterra, trabalhou com David Byrne, Arto Lindsay e DJ Towa Tei (do grupo Deee-Lite), sempre procurando fundir sua bossa nova natal a novos processos e concepções musicais.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Junio Barreto - Melancolia Festiva


O poeta e compositor Junio Barreto é um homem de 40 anos nascido em Caruaru e curtido na infância à base de banda de pífanos, frevo, coco, baião, maracatu e xaxado. Na adolescência, ouviu rock inglês. Em seguida, reuniu-se na capital com outros pernambucanos para acompanhar de perto os movimentos locais que desembocariam no mangue beat. E, quando Recife começou a parecer pequena, mudou-se para São Paulo para se encantar com o candomblé, ao mesmo tempo em que assimilava o drum’n’bass e outras vertentes eletrônicas. E, no meio disso tudo, muita MPB.

Esse acúmulo musical foi devidamente filtrado por sua sensibilidade avessa a excessos, originando a textura sonora do disco que estou postando aí. Esse vídeo é um pequeno trecho da projeção que rola no show dele durante a música Santana.



O mais interessante, porém, é que todos os traços dessa diversidade estilística tornam-se meros súditos a serviço de sua majestade, o samba. A marcação binária e o ritmo fortemente sincopado espraiam-se pelas dez canções do álbum (todas de sua autoria, à exceção de A Mesma Rosa Amarela, de Carlos Pena Filho e Capiba). Mas cada um dos sambas tem personalidade própria. Aclimação, por exemplo, tem compactação nos arranjos e maior expansividade; e Oié é mais suave em suas levadas, enquanto Santana é colorida com elementos jazzísticos e adquire clima mais soturno. Fica a dica para você escutar Amigos Bons, uma homenagem aos bons amigos que fazem da caminha da vida una divertida troca de passos. Saravá!!!!!

O cara faz show HOJE, dia 26 de julho, no Studio SP. Vamu lá!.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Céu - A Roda



É isso aí. Caiu na roda, ou acorda ou vai rodar.

Lula Queiroga - Aboiando a Vaca Mecânica


Da geração anos 80, cuja estréia em disco aconteceu em 1984, dividindo um álbum com o parceiro Lenine, Lula Queiroga incorporou-se à geração anos 90 pernambucana, continuando ligado à sua própria geração (sobretudo a Lenine). Lançou dois aclamados discos solo, um deles, Aboiando a vaca mecânica (que posto abaixo) foi vencedor do prêmio de Melhor Disco do Ano, concedido pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), em 2000.

A musicalidade de Lula é feita de planos superpostos, como as camadas de uma imagem criada em Photoshop. As células rítmicas sendo redirecionadas pelo timbre das guitarras. A precisão das imagens sensoriais. Os saltos verbais entre o lirismo sofisticado e a navalha-verbal da esperteza urbana.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Congonhas NÃO !!!

Pouco importa se a falha foi técnica ou erro humano. O fato é que Congonhas tornou-se inviável. Sem área de escape, operando sobrecarregado, com aviões cada vez maiores, é evidente que outras tragédias virão.

Como está, não pode ficar.

Se eu e você não voarmos mais por lá, quem sabe as empresas aéreas e o governo não param pra pensar nisso?

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Di Melo (1975)


Gravado originalmente em 1975 segue agora para você o álbum Di Melo, do lendário cantor e compositor Pernambucano Di Melo. Desconhecido do grande público e até mesmo de alguns apreciadores de música preta brasileira, esse pernambucano é um dos pioneiros da geração soul no país.


Di Melo é uma descoberta inspiradora e intrigante. O apuro musical e seu "deboche" sutil e elegante parecem prematuros para a data do disco. Seguidor do swing de Tim Maia e conteporâneo de Cassiano, esse som foi laçado entre 1974/1975. A desenvoltura deste pernambucano pode ser comprovada em músicas que vão de um Tango Nordestino ao tradicional Funk Swingado.


O disco conta com a participação do "bruxo dos sons" Hermeto Pascoal e do guitarrista Heraldo do Monte. O ponto alto do CD é a faixa "A vida em seus métodos diz calma", maior sucesso do cantor. O destaque fica por conta de "Se o mundo acabasse em mel", presente no CD e nos sets de djs que tocam Blacl Brasil a fora! (valeu a lembrança Dani)




(baixar a sonzêra do nego)


Giant Doll

Um vídeo estranho e poético ao mesmo tempo. Muito legal!! Não sei porque, mas algo me diz que essa boneca pode vir para o Brasil...

Roberta Sá


Roberta Sá é uma das cantoras da nova geração que surge fazendo a nova boa música popular brasileira. (Veja abaixo vídeo dela cantando com Pedro Luís e a Parede)

Quando lançou ''Braseiro'', em 2005, logo foi apontada pela crítica especializada como uma das revelações da Música Popular Brasileira, que a destacam não apenas pela voz mas também pelo gosto apurado na formação e pesquisa de repertório.



''Eu Sambo Mesmo'' de Janet de Almeida, samba imortalizado por João Gilberto, ''Pelas Tabelas'' de Chico Buarque, ''No Braseiro'' de Pedro Luís, composta especialmente para ela, e ''Casa Pré-fabricada'' de Marcelo Camelo, são algumas das canções que fazem parte do primeiro CD. A versatilidade e suingue lhe renderam o Prêmio Rival de cantora revelação. ''Braseiro'' também concorreu ao prêmio de melhor CD pela revista Bravo.



Antes de lançar esse irretocável Braseiro, apresentado à mídia como seu primeiro disco, Roberta Sá gravou um CD, Sambas e Bossas, para ser distribuído como brinde de uma empresa. Ainda que Braseiro seja de fato o álbum que projetou essa excelente cantora no mercado fonográfico, depois de breve passagem pelo programa global Fama, os crescentes fãs da artista já descobriram o repertório de Sambas e Bossas na internet.

Produzido por Rodrigo Campello, Sambas e Bossas não é tão primoroso quanto Braseiro, mas evidencia a leveza do canto de Robertinha Sá e seu bom gosto para selecionar repertório.

Entre os sambas, há Alegria (jóia de Cartola unida num medley a O Sol Nascerá, outra pérola do compositor mangueirense), Essa Moça Tá Diferente (Chico Buarque), Falsa Baiana (Geraldo Pereira), A Flor e o Espinho (Nelson Cavaquinho, Alcides Caminha e Guilherme de Brito) e Pressentimento (Elton Medeiros e Hermínio Bello de Carvalho). As bossas estão representadas por clássicos como Chega de Saudade (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e Coisa Mais Linda (Carlos Lyra).

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Mutantes e Seus Cometas no País do Baurets

Mutantes e Seus Cometas no País do Baurets é o quinto álbum da banda. Foi o último disco sob o nome Os Mutantes com a formação mais clássica da banda, com Rita Lee nos vocais.

(baixar som)


De quebra vou postar aqui uma raridade que é a gravação do último show realizado pela banda.

No dia 6 de julho de 78, o grupo fez em Ribeirão Preto seu último e fraco show, depois do qual Sérgio compreendeu que aqueles não eram mais Os Mutantes e que a bomba Mutante não poderia, e nem iria mais explodir. Sendo assim decretou o fim da Banda.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Hoje é dia do Rock

Nada melhor para celebrar o dia do rock do que essas duas pérolas da discografia dos Stones.
Out Of Our Heads é o quarto álbum americano dos Rolling Stones e foi lançado em 1965. O álbum é o resultado de seis meses de gravação e foi recebido na época com grande euforia pelos fãs da banda.

(clique aqui para baixar)

Exile on Main Street, lançado em 1972, originalmente em álbum duplo, é considerado atualmente como uma das obras definitivas da era do rock.Em 1998 os criticos da Q Magazine elegeram Exile como 42º melhor álbum de todos os tempos, enquanto, em 2000, a mesma revista classificou-o como o 3º na lista "100 Greatest Britsh Albuns Ever". Em 1987 o álbum foi ranqueado como #3 na lista "100 Greatest Albums" do período de 1967-1987, pela Billboard Magazine e , em 2001, como 7º em sua lista "500 Greatest Albums of All Time". Em 2001, a rede de TV VH1 classificou "Exile on Main Street" como 12º em sua lista de melhores de todos os tempos. Em 2006 a Revista Guitar World, em sua lista "100 Guitar Albums of All Time", posicionou Exile no 19º lugar.


(clique aqui para baixar)

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Elomar e Arthur Moreira Lina - Parcelada Malunga (1980)

Elomar Figueira De Melo é baiano, nascido em 1937 na cidade de Vitória da Conquista. Foi para Salvador e por lá terminou de cursar seus estudos formando-se Arquiteto em 1964. Usou essa profissão para manter-se minimamente no começo de sua carreira musical e esta, se deu de uma maneira totalmente sui generis. Primeiro pela formação musical; Aos sete anos de idade, teve contato com a música dos menestréis do nordeste e nas poucas entrevistas que deu sempre citava os “Três Zés”; Zé Krau, Zé Guelê e Zé Serrado. Adorava em particular, Zé Krau, pela forma épica, amarga, triste, lírica com que esse, narrava a dura realidade do sertanejo brasileiro.

Iniciou a partir de então a sua carreira de peregrino Menestrel, de Viola na mão, de palco em palco pelo sertão do Brasil levando sua música aos desvalidos, aos poetas, aos músicos e aos intelectuais de linhagem pura, sem aquelas boiolagens academicistas que infestavam o eixo Rio-São Paulo. Seguiu assim até 1971, quando nesse ano da graça, chegou aos ouvidos do grande Vinicius de Moraes o tal compacto gravado em 1968/69. Eufórico, o poeta foi atrás do compositor daquilo que havia o levado as lágrimas e chegou na Fazenda de Elomar, enquanto esse, de carabina em punho dizia ao poeta que estava a caçar uma onça que insistia em atacar os seus garrotes de Bode. Vinicius achou melhor não se meter na peleja..

Já Arthur Moreira Lima projetou-se internacionalmente no Concurso Chopin de Varsóvia. Desde então, Moreira Lima tem feito turnês em todos os continentes, lotando as principais salas de concertos do mundo. Entre as orquestras e os regentes famosos com quem já se apresentou, estão as Filarmônicas de Leningrado, Moscou, Varsóvia, Sinfônicas de Berlim, Viena, Praga, BBC de Londres, National da França, sob a direção de Kurt Sanderling, KiriIl Kondrashin, Mariss Jansons, Serge Baudo, Jesus Lopez-Cobos, Sir Charles Groves, Vladimir Fedosseyev, Rudolf Barshai.

Lançado originalmente em 1980, Parcelada Malunga é o álbum que traz um dos maiores encontros da música de nossos tempos, com Elomar, Arthur Moreira Lima, Xangai, Heraldo do Monte, Xangai e Zé Gomes. São 10 faixas imperdíveis gravadas ao vivo no Teatro Pixinguinha (SP), durante um espetáculo dirigido por Fernando Faro. Destaques para "As Curvas do Rio", "Cantiga de Amigo" e "Estrela Maga dos Ciganos".



(baixar a cantoria)

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Titãs - Cabeça Dinossauro (1986)

Esse post é uma homenagem a três grandes figuras: Stefano cabeça de mastrodonte, Papai Cabeça e Pedrinho Cabeça.

Considerado por muitos e também por mim como um dos melhores discos de rock brasileiro de todos os tempos, Cabeça Dinossauro marcou e ainda marca época. É sem dúvida o melhor álbum dos Titãs. O disco tem músicas ótimas. As letras são excelentes e tratam de assuntos polêmicos como a polícia, a família, o Estado, a igreja e o comportamento humano em geral. Todas as canções são boas, e a maioria delas foi e continua sendo hit até hoje, como é o caso de "Aa Uu", "Polícia", "Bichos Escrotos" e "Homem Primata". Arnaldo Antunes assinou as principais composições e músicas deste trabalho do grupo.

Este foi o primeiro disco dos Titãs a estourar mesmo nas paradas, e também foi o primeiro disco da banda a ter a produção e a direção artística assinada pelo ex-mutante Liminha. Os Titãs na época eram: Arnaldo Antunes (voz), Branco Mello (voz), Charles Gavin (bateria e percussão), Marcelo Frommer (guitarra), Nando Reis (baixo e voz), Paulo Miklos (voz e baixo), Sergio Britto (teclados e voz) e Toni Bellotto (guitarra).

Após este disco a banda ainda gravou mais quatro grandes discos: "Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas" (1987), "Go Back" (ao vivo - 1988), "Õ Blesq Blom" (1989) , "Tudo ao Mesmo Tempo Agora" (1991).

Depois da saída de Arnaldo (1992), o grupo não fez trabalhos tão bons quanto os anteriores, deixando muitos fãs decepcionados. Porém com o cd "Acústico" (1997) eles conseguiram atingir seu máximo de vendas, passando da casa dos milhões de cópias vendidas por todo o país.


(baixar o som)

terça-feira, 10 de julho de 2007

Isaar França - Azul Claro

Isaar França já foi uma das Comadre Fulozinha, agora ela acompanha o DJ Dolores no Aparelhagem. O disco Azul Claro é o primeiro trabalho solo de Isaar e conta com participações de Sidcley na percussão, Gabriel, que também toca com Dolores, na guitarra, e Lito Viana (ex-Cascabulho) no baixo. Todos músicos do Recife.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Gigante Brazil e Paulo Lepetit

Paulo Lepetit - Músico, arranjador e produtor musical começou no início dos anos 80 na banda Isca de Polícia. Tocou também com Cássia Eller, Gang 90, Chico César e Vange Milliet. Como produtor, trabalhou com Tom Zé, Alzira Espíndola e o próprio Itamar Assumpção, de quem produziu, entre outros CDs, Pretobrás (Prêmio Sharp -1998). Tem três discos solos: Lepetit Comitê (1994) e em 1998 lançou Saculeja, (1998) e Peças (2004).

Gigante Brazil – Carioca, começou em 1969 na banda Massa Experiência. Nos anos 70, tocou com Jorge Mautner (1972/73) e formou a banda Sindicato (1975). Depois, tocou com Chico Evangelista, finalista do Festival da Globo, com Rastapé, em 1980, Gang 90 e Banda Isca de Polícia de Itamar Assumpção. No começo da década de 90, acompanhou Marisa Monte na gravação e turnê do disco Mais. Nele, participou dos vocais de Ensaboa.

Um vozeirão misturado a leveza de arranjos orquestrais tem canções de: Paulo Lepetit, Zeca Baleiro e André Bedurê, Milton Nascimento e Caetano Veloso, Cartola, Itamar Assumpção, Luiz Waack e até mesmo do Gigante Brasil.

(clique para baixar)




Vídeo que eu fiz no show de lançamento do songbook de Itamar Assumpção. Sente a voz e o som que o Gigante tira batucando na boca. O cara manda muito bem!!

Tim Maia - Tim Maia (1970)

Sebastião Rodrigues Maia nasceu no Rio de Janeiro RJ em 28 de Setembro de 1942. Penúltimo de 19 irmãos, aos oito anos já compunha suas primeiras musicas. Aos 14 anos, formou seu primeiro conjunto musical, Os Tijucanos do Ritmo, no qual tocava bateria, e que durou apenas um ano.

Começou então a estudar violão num curso particular e formou em 1957 o conjunto Os Sputniks, que tinha também entre seus integrantes Erasmo Carlos e Roberto Carlos, tendo sido professor de violão de ambos. Em 1959, antes de completar 17 anos, com a morte do pai, foi para os EUA, onde fez cursos de inglês e iniciou carreira como vocalista, participando de um conjunto chamado The Ideals. Permaneceu nos EUA ate 1963, quando foi preso por portar maconha. Após seis meses de prisão e dois meses de espera, foi deportado para o Brasil.

Seu primeiro trabalho solo foi um compacto pela CBS em 1968, que trazia as musicas Meu pais e Sentimento (ambas de sua autoria). Sua carreira no Brasil fortaleceu-se a partir de 1969, quando gravou um compacto simples pela Fermata com These are the Songs (regravada no ano seguinte por Elis Regina em duo com ele, e incluída no LP Em pleno verão, de Elis) e What You Want to Be.

Em 1970 gravou seu primeiro LP, Tim Maia, na Polygram, que permaneceu em primeiro lugar no Rio de Janeiro por 24 semanas. Os principais sucessos desse disco foram Coronel Antônio Bento (Luís Wanderley e João do Vale), Primavera (Cassiano) e Azul da cor do mar. Ganhei esse som de um grande amigo no meu último aniversário, presentão. Pode abraçar porque esse som é de primeira!


Caetano Veloso - Transa

Com este disco o cantor e compositor baiano reapareceu abusando de uma verdadeira rebeldia e ousadia para compor um dos melhores discos de todos os tempos.

Transa é o segundo disco em seu exílio em Londres (o artista tinha sido preso e expulso do país pela ditadura militar que governava o país, por tudo que o movimento tropicalista tinha feito e estava fazendo). Uma obra-prima, Caetano Veloso canta em inglês e português, mistura bossa-nova, jazz, samba, música folclórica e rock, numa sucessão de músicas de arranjos vigorosos e que fazem pensar como um artista conseguiu tanta inspiração.

Ali está a melancolia, a inquietação, a sensação de estrangeiro e o vislumbre com o "mundo civilizado". Neste trabalho a dor está bem representada em forma de arte. Há também uma sensação de frescor, de novidade e de um choque delicioso nas canções. Uma ponte entre o menino e o velho, um grito que escorre pelas melodias, percussões, violões e por sua voz que estava triste e revoltada. Ouça: You Don't Know Me, Nine Of Ten e It's Along Way.

Falcatrua

(Atendendo à pedidos estou fazendo umo repost do Falcatrua)

Bem, sou suspeito pra falar do som desses caras pq sou fã declarado desse quarteto de BH. Com uma linguagem irreverente, esse grupo cria e recria com propriedade. Faz letras, releituras, performances e, o melhor, música de primeira.

Falcatrua é rock, Falcatrua é pop, é som regional e também instrumental. É o clássico mequetrefe. Para se ter idéia, os caras misturam Tim Maia com Jimi Henrix conseguindo uma unidade musical impressionante!!! Pode abraçar é que som do bom!!!

Esse álbum que estou postando não foi lançado. É uma gravação ao vivo de um show que rolou no Conservatório Bar. Esse mesmo show foi lançado em DVD em 2006. Em breve disponibilizo aqui o CD recém lançado "Falcatrua e o Pau de Arara Espacial".


(Baixar esse som)

terça-feira, 3 de julho de 2007

Carla Bruni - Quelqu´un m´a dit

Oriunda de uma família ligada à CEAT (fábrica italiana de pneus) e à ENI (petrolífera italiana, outrora estatal), Bruni foi com os pais e os irmãos para um exílio na França em 1973, fugindo das brigadas comunistas que queriam instaurar o regime socialista na Itália. Cresceu em Paris, tendo cursado parte de seu período escolar na Suíça e, de volta à França, estudado na Sorbonne.

Em 1988, abandonou de vez os estudos para se dedicar à carreira de modelo; considerada uma das mais belas modelos de sua época, Carla Bruni foi contemporânea de Claudia Schiffer, Naomi Campbell, Christy Turlington e Kate Moss no mundo da moda - a primeira geração de top models internacionalmente famosa. Seu nome foi ligado a relacionamentos com Mick Jagger, Eric Clapton e Donald Trump, dentre outros.

Dez anos depois, deixou as passarelas; em 2001 teve seu primeiro filho e, um ano depois, lançou o primeiro disco, “Quelqu´un m´a dit”, onde a chanson era a principal influência; elogiado pela crítica, vendeu mais de 200 mil cópias na França e foi número 1 em vendas na Amazon do país. Em janeiro de 2007, seguiu-se "No promises", onde as letras de autoria própria deram lugar a poemas de William Butler Yeats e Emily Dickinson, dentre outros.

Muito bom o som da moça!!!!