quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Curta Metragem - O Mundo é uma Cabeça

O Manguebeat é um movimento que eclodiu no início dos anos 90 em Pernambuco. O mundo é uma cabeça é um registro do movimento musical pernambucano manguebeat. Imagens inéditas de Chico Science, que conduz o documentário a bordo do seu "galaxe" num passeio noturno pelo bairro do Recife Antigo.

Título: O Mundo é uma Cabeça
Duração: 17 min e 0 seg.
Ano: 2004
País: Brasil
Gênero: Documentário
Cor: Colorido

Ficha Técnica

Direção: Bidu Queiroz e Cláudio Barros
Roteiro: Bidu Queiroz e Cláudio Barroso
Elenco: Chico Science e Nação Zumbi:Chico Sciense, Jorge Du Peixe, Lúcio Maia, Gilmar Bola, Oito, Pupilo, Dengue, Gira, Toca Ogan, Mundo Livre s/a: Fred 04, Tony, Fábio, Bactéria e Otto Mestre Ambrósio: Siba Veloso, Eder o Rocha, Hélder Vasconcelos, Mazinho Lima, Sérgio Cassiano



quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Little Joy


O Little Joy é um projeto criado por Fabrizio Moretti, baterista do Strokes, e sua namorada Binki Shapiro em conjunto com Rodrigo Amarante, cantor e guitarrista do Los Hermanos, em hiato desde junho do ano passado. Os Hermanos seguem então, sempre em frente, com outros projetos: Marcelo Camelo lançou seu primeiro cd solo, Sou (clique aqui). O baterista Rodrigo Barba toca com a banda Canastra, e Bruno Medina, tecladista, acompanha a cantora Adriana Calcanhoto em turnês.

Em Little Joy, a voz do hermano cantando em inglês deixa as canções bem aconchegantes. O som beira ao pueril, parece saído de uma vitrola. Muito bom para um domingo de manhã ou momentos de pouca pretensão. É música pra ser ouvida e desgustada. Tem cara de coisa antiga, sem deixar de ser atual. Bem legal!!!! (Valeu e dica Stephanie).

Vibronics - UK Dub Story

Este álbum saiu já faz um tempo, lançado no início do ano, mas descobri recentemente e tenho ouvido bastante. O álbum UK Dub Story é o último trabalho dos ingleses do Vibronics e traz 12 faixas. Pra quem curte Dub é uma ótima surpresa, são arranjos e efeitos bem eletrônicos que compõe fortes dubs, participam também com as vozes Macka B em “Tired Of The War”, Jah Marnyah em “King’s Highway” e Echo Ranks em “Long Time Dub”.

Como a imprensa disse: "o Dub Britânico é o underground do underground da cultura musical. É um estilo que está a prosperar mais do que sempre, despistando por completo a cobertura da mídia e o declínio geral da industria musical maciça".

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Elis, essa mulher (1979)


Esse foi o antepenúltimo disco gravado por Elis em vida, um dos meus prefiridos dela. O trabalho é pontuado pelos elaborados arranjos de Cesar Camargo Mariano, que encaixam-se como luva nas coloridas interpretações de Elis. A canção "Cai Dentro" abre o CD com um samba vigoroso, seguida pela interpretação magistral de Elis em "O Bêbado e a Equilibrista". Há espaço para a delicadeza de voz na lenta faixa-título, "Essa Mulher", de Joyce e Ana Terra. Mais para a frente, a cantora presta deferência à antiga MPB em "Basta de Clamares Inocência", de Cartola. Já em "Eu hein Rosa!", seu canto é vigoroso, entusiástico, para frente. Em "O Bolero de Satã", Elis faz uma incursão pelo estilo que cantava antes de ficar conhecida. A faixa tem a participação de ninguém menos que Cauby Peixoto! Diga-se de passagem que Elis era uma grande admiradora do antigo repertório do cantor. Mas o destaque absoluto fica com "As Aparências Enganam", com sensacional interpretação realçada pelo efeito na voz e o sensível arranjo de piano e violão. Essa mulher faz uma falta imensa na música brasileira.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Ruth Tafebe and the Afrorockerz - Holy Warriors

Muito bom esse álbum de Afro-beat. É coisa nova e atual vindo diretamente da França. O som é em sua maioria um groove nervoso, mas existem momentos de calmaria com a voz gostosa de Ruth Tafebe. A moça manda muito bem nos vocais e o som se completa com a pagada elétrica dos Afrorockers, que por sinal estão muito bem acompanhados. Participam da bagunça Amayo, do Antibalas, e, na batera, nada mais nada menos que Tony Allen, baterista monstro e um dos criadores do afro-beat junto de Felá Kuti. O disco é um lançamento da Comet Records.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Capitu

Sou geralmente crítico em relação a Rede Globo, mas é preciso aplaudir quando vemos uma emissora tão poderosa e tão importante na formação cultural de uma nação fazendo coisas valiosas. E vejo com grande alegria algumas minisséries. A próxima que vai estreiar é Capitu, inspirada na obra Dom Casmurro de Machado de Assis, com direção de Luis Fernando Carvalho.

Pesquei esse teaser na rede e achei muito bom, vem coisa nova e questionadora por ái. A trilha é surpreendente!! Mais ou menos como disseram por aí "Machado é Dylan... é rap... é rock".

Capitu teaser na íntegra high quality

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Jonathan Silva - Benedito

O músico Jonathan Silva é natural de Vitória-ES e reside em São Paulo desde 1999. Atua como compositor junto às companhias de teatro “A Santa Palavra”, “Bonecos Urbanos e “Cia São Jorge de Variedades”. É integrante-fundador do grupo Zabandá, com o qual realiza shows, oficinas e pesquisas sobre o Congo do Espírito Santo.

Tem três discos gravados; o CD “Necessário” de 1996 e o CD infantil “Olha a Chuva Pessoal, Tira a Roupa do Varal” de 2002. Lançou esse ano seu novo disco “Benedito”, onde apresenta linguagens do Congo, Samba, Jongo e Baião relacionadas a elementos urbanos, resultando num criativo universo sonoro.

Benedito é musica regional com arranjos bem pensados, mas Jonathan faz isso sem tirar o pé da terra. A música fica gostosa e bem cantada sem perder suas raízes. Boa surpresa pra quem curte samba, jomgo, ciranda e maracatu. Participam também de Benedito Kiko Dinucci (que a Cabana já apresentou aqui), Isla Jai e Juçara Marçal.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Sounds From the Verve Hi-Fi

Coletânea impecavelmente selecionada pelos consagrados DJs Eric Hilton e Rob Garza (leia-se Thievery Corporation), que reúne suas músicas favoritas pertencentes à Verve, desde a Bossa Nova, latin jazz até o folk dos anos 60. Entre elas, estão "Menina Flor" (Stan Getz/Luiz Bonfá), "Escapade" (The Wynton Kelly Trio) e "Batucada" (Walter Wanderley). Destaque para Astrud Gilberto cantando o hit "Light My Fire", do The Doors.

Edu Lobo e Maria Bethania - Edu e Bethania (1966)

"Edu e Bethania" é um disco de uma fase de transição e afirmação de uma personalidade artística: Edu Lobo. Dividindo os microfones com a também iniciante Maria Bethãnia, Edu mostra desde sambas ainda bem bossa-novistas como "Candeias" e "Só me fez bem" (primeira parceria com Vinicius), a canções que apontavam três caminhos de sua música: o épico, normalmente em música feita para o teatro, caso de "Upa neguinho" e "Sinherê", ambas do "Arena conta Zumbi", com Guarnieri; o da influência nordestina, como em "Cirandeiro", com Capinam, e "Lua nova", com Torquato Neto; e, principalmente, o das canções de harmonias trabalhadas e melodias sublimes, caso da obra-prima "Pra dizer adeus" e de "Veleiro" (ambas com Torquato), e de "O tempo e o rio" (com Capinam, hoje emblema de Bethânia').

Um álbum pra quem curte conhecer a história da nossa música com qualidade bem legal de gravação. Pode abraçar!!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Lucas Santtana e Seleção Natural - 3 sessions in a greenhouse


O título do disco é auto-explicativo: “3 sessions in a greenhouse” foi gravado em apenas três sessões, ao vivo. A idéia era capturar o clima dos shows, com qualidade de estúdio. O greenhouse, bom, você pode imaginar.

Para isso, Lucas Santtana e Seleção Natural ocuparam uma grande sala no estúdio AR, no Rio, e gravaram na reta, como se fala no meio musical. Todos tocando juntos, como num show. Vale a melhor tomada coletiva. Sem regravação, sem overdubs, sem retoques.

A linha de baixo acachapante e a metaleira matadora da instrumental “Awô dub”, que abre o disco, entrega de cara o elemento unificador do disco: o dub. Lucas Santtana é admirador da vertente alucinada do reggae há muito tempo.

Não por acaso, mantém, junto com o inglês David Cole, um sound system nos moldes jamaicanos. O Sensorial Sistema de Som costuma se apresentar nas praias do Rio, com David nos toca-discos e Lucas no MP3.

Isso não significa que Lucas Santtana tenha fugido do seu estilo próprio e que “3 sessions in a greenhouse” tenha uma pegada reggae – não mesmo. O dub aqui é utilizado como ferramenta, não como um estilo. É um modo de produção.

Em todas as faixas o baixo e a bateria estão na frente, os efeitos desnorteiam e te mandam para lugares distantes. No entanto, a idéia não é simplesmente emular os mestres do dub dos anos 70, mas sim adaptar os experimentos jamaicanos à música atual, utilizando o estúdio como um instrumento, independente do gênero musical.

A inédita “Tijolo a tijolo, dinheiro a dinheiro” (que vinha aparecendo nos shows e agora, finalmente, gravada), segunda faixa do disco, ilustra bem isso. O cavaquinho ecoa, a voz reverbera, o baixo pulsa, mas só um louco categorizaria a música como reggae. Aliás, classificar “3 sessions in a greenhouse” de qualquer coisa é complicado. E essa é a graça do disco.

“Só baixo se for de graça”, diz Lucas na letra da mesma música. O comentário não é gratuito. Lançando o disco por seu próprio selo, o agora digital www.diginois.com.br, Lucas está ligado no cenário atual da indústria musical.

Pra começar, “3 sessions in a greenhouse” foi feito com dinheiro captado através de um edital cultural da Petrobrás feito inteiramente online, sem uma folha de papel impressa. Agora, pronto, todas as músicas poderão ser baixadas, gratuitamente, no site do selo.

Tanto as músicas da maneira que foram concebidas, como também as faixas abertas, estão ao alcance de quem se interessar. No dorso da capa lê-se: “Letras, faixas abertas, novas mixes. Participe da evolução desse trabalho”. O lance é coletivo.

A mixagem de Buguinha Dub (técnico de PA da Nação Zumbi, que também mixou metade de “E o método tudo de experiências”, do Cidadão Instigado), que produziu o disco junto com Lucas, é essencial, amarrando os muitos instrumentos e efeitos de maneira eficaz.

Durante a gravação, o ambiente estava tão solto que é possível ouvir os comentários e avaliações dos músicos entre uma faixa e outra. As três sessões foram registradas em vídeo por Luis Blanco e Pedro Amorim e devem ser reunidas em um DVD em breve.

Tom Zé participa da regravação samba dub da sua “Ogodô ano 2000” e Gilmar Bola 8 canta em “Pela orla dos velhos tempos”, da sua banda, Nação Zumbi, aqui em versão funk (com direito a sample do sample de “Feira de Acari”, do DJ Marlboro).

Inspirado na batida de “Colonial mentality”, de Fela Kuti, a afrobeat “A natureza espera”, feita com Wado, conta com as participações de Marcos Lobato (do Afrika Gumbe) tocando Rhodes, do ator João Miguel (do filme “Cinema, aspirinas e urubus”) e da jornalista americana Phylis Huber, lendo um trecho de “The waves”, de Virginia Woolf, descrevendo um pôr-do-sol pra lá de psicodélico. A balada “Into shade” é parceria com Arto Lindsay. Tá vendo que só tem fera né?

“Deixe o sol bater” (do primeiro disco, “Eletro Bem Dodô”) surge em versão afrobeat instrumental e os parênteses dizendo versão dub live de “Lycra-limão” (do segundo disco, “Parada de Lucas”) dispensa maiores explicações. Fechando o disco, “Faixa amarela”, clássico do repertório de Zeca Pagodinho, vai a Kingston e não volta mais.

“3 sessions in a greenhouse”, coincidentemente o terceiro disco da carreira de Lucas Santtana, evoca a tradição jamaicana dos riddims, em que uma canção está sempre viva e pronta para ser manipulada novamente. Regravações e inéditas se confundem no tempo e no espaço. Cabe a cada ouvinte escolher a sua viagem. Have a nice trip!!!

(baixar lucas santana - 3 sessions in a greenhouse)

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Nublu Orchestra and Wax Poetic

Fui na Mostra de Arte do Sesc, em menos apresentações do que gostaria. Esse é dos males de se morar em Sampa. Sempre vamos em menos coisas que gostaríamos, a cidade oferece tanto que fica difícil acompanhar. Mas fui numa apresetação da Nublu Orchestra. E que apresentação!!!

Para quem não conhece, Nublu é um bar em Nova Iorque que virou uma noite musical e que virou um selo. O cara que faz a Nublu chama-se Ilhan Ersahin, sueco radicado em NY, um dos fundadores da lendária Atlatic Records: um empreendedor que ama a música.

A noite virou banda que virou projeto. E por onde passa convida músicos locais para fazerem parte da sonzêra. Com os integrantes do Brazilian Girls, Wax Poetic, Kudu, Forro in the Dark, I led Three Lives e Love Trio e convidados regulares, como Graham Haynes e Eddie Henderson temos a Nublu Orchestra, uma colagem de ritmos regidos por Butch Morris, maestro consagrado que já produziu Stevie Wonder e Sun Ra. Aqui no Brasil tivemos participações especiais: Otto, Nina Becker, Marcello Callado, Ricardo Dias e Catatu. Foi uma noite incrível!!!! Som experimental de altíssima qualidade. Segue um vídeo de uma session gravada nas gringas.


Agora está de passagem pelo Brasil o projeto Wax Poetic, é uma grande jam session, na qual músicos talentosos juntam a magia do jazz ao vivo com grooves da música eletrônica e o hip hop. Mais uma viagem musical de Ilhan Ersahin, que também é saxofonista e tecladista. Otto, Nina Becker e Thalma de Freitas são os convidados das vez.

Para ele, a idéia era colocar pop e rock junto com jazz freestyle e hip hop. Misturar culturas, como ele vê acontecer na cidade que sedia o projeto. Mas ele fez mais. O grupo ajudou a revelear a multipremiada Norah Jones que participou do grupo por dois anos.

Com um visão musical tão aberta não foi difícil para o baixista brasileiro Chico participar da turnê nacional do Wax Poetic. O repertório e das batidas eletrônicas mais rápidas até suaves melodias jazzísticas comandadas sempre pelo teclado de Ilhan Ersahin. Segue um álbum um pouco mais antigo com a Norah Jones ainda na formação.


quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Mostra Sesc de Artes

O Sesc São Paulo promove entre a próxima quarta-feira (8) e o dia 18 de outubro a edição 2008 da Mostra Sesc de Artes. A proposta do evento é deslocar a arte dos espaços habituais e apresentar trabalhos em diferentes escalas.

A programação conta com atrações nacionais e internacionais, estréias e apresentações inéditas no Brasil. São aproximadamente 80 projetos nas áreas de teatro, música, literatura, dança, artes visuais e artemídia.

Os encontros acontecem nas unidades do Sesc na capital e Grande São Paulo: Avenida Paulista, Belenzinho, Carmo, Cinesesc, Consolação, Interlagos, Ipiranga, Itaquera, Pinheiros, Pompéia, Santana, Santo Amaro, Santo André, São Caetano, Vila Mariana e 24 de Maio.

Meu destaque vai para:

BUGUINHA REMIXA AO VIVO (Recife, PE)
O produtor Christiano Botelho, o Buguinha, remixa ao vivo shows de nomes expressivos da música brasileira. A cada noite uma banda se apresenta e o show será gravado por Buguinha, que montará seu estúdio analógico no meio da platéia. Ao final do show, ele rebobinará a fita para remixá-la ao vivo, usando técnicas do dub jamaicano.

Dia 09/10 - Instituto
Dia 10/10 - Mundo Livre S/A
Dia 11/10 - Eddie

Mais informações sobre a programação do evento podem ser consultadas no site www.sescsp.org.br/mostra.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Luto: Gigante Brazil Morre em São Paulo

É com aperto no peito que faço esse post. Mais uma grande perda para a música brasileira: O baterista Gigante Brazil nos deixou hoje. Carioca, Gigante começou em 1969 na banda Massa Experiência. Nos anos 70, tocou com Jorge Mautner e formou a banda Sindicato. Depois, tocou com Chico Evangelista, Gang 90 e Banda Isca de Polícia, juntamente com Itamar Assumpção. No começo da década de 90, acompanhou Marisa Monte na gravação e turnê do disco Mais. Nele, participou dos vocais de Ensaboa. Dono de um vocal inconfundível, Gigante tirava som da bateria e da boca com a mesma maestria (olha o vídeo abaixo).

Faz parte, é esse nosso destino. Fica a obra de um dos mais talentosos bateristas que o Brasil já viu. Partiu para alegrar outros lugares com seu ritmo e alegria cativante. Tive a oportunidade de vê-lo tocar em um show de homenagem a Itamar Assumpção, no Sesc Pompéia. Ali virei fã e admirador do som e da pessoa, alegria e simplicidade transbordavam do camarada.

Viva Gigante Brazil !!!!!


(vídeo que fiz no sesc pompéia, show de homenagem a Itamar Assumpção)

Músicos voltam a lançar trabalhos em disco de vinil

O império das bolachas negras contra-ataca. Depois de dados como mortos no início dos anos 90 - com a chegada dos CDs - e sepultados no começo do milênio - com a revolução digital - os discos de vinil aos poucos voltam a ser lançados por artistas brasileiros. São músicos e bandas que apostam na nostalgia e na força dos bolachões, algo comum em países da Europa e nos Estados Unidos.

A gravadora Deckdisc já fala em importar maquinários para ter sua fábrica própria de vinis no Brasil. Por meio de sua assessoria de imprensa, a empresa afirma: "Estamos estudando a viabilidade de montar uma nova fábrica no Brasil ou aproveitar o espaço da antiga (a extinta Poly Som, no Rio de Janeiro, fechada em abril) para implantar as máquinas."

Enquanto as máquinas não vêm, os artistas se viram para colocarem seus vinis na praça. Ed Motta, que desde 2001 já lançou dois LPs, prepara uma edição em vinil de seu último CD, Chapter 9. "Tem muita gente desavisada achando vinil algo 'ultra hype', tipo onda de brechó. A verdade é que na Europa e nos EUA isso nunca deixou de ser mania. Só aqui no Brasil", diz.

O grupo Nação Zumbi é outro integrante da liga dos herói da resistência. Pupillo, o baterista, conta que a banda deve produzir em LP o disco Fome de Tudo até dezembro. E comenta: "Se perguntarem se preferimos produzir dez mil CDs ou mil LPs, definitivamente vamos escolher mil LPs."

Segundo alguns artistas, há vantagens no resultado final deste tipo de mídia justamente pelo fato de ele não procurar a perfeição e a limpeza dos meios digitais. "A sonoridade é bem melhor do que a de um LP. Muitas das 'ruidagens' (ruídos) do som original se perdem na hora da digitalização", afirma o pernambucano Lenine, que lançou em LP a versão de seu mais recente CD, Labiata. Pupillo, do Nação, se arrisca a falar em eternidade. "O LP é mais vivo, mais orgânico. E existe um nicho, um mercado para ele, não vai acabar. Acredito que, daqui a algum tempo, não teremos CDs."

Karl Hector and The Malcouns



(post feito na sexta-feira, mas publicado somente hoje por conta de problemas com o servidor) Hoje é sexta, acabou o expediente. Estou afim de ir pro buteco tomar uma com o povo, mas essa bolacha acabou de chegar da cibernética. Foi escutar e pensar na mesma hora: "Este vai pra Cabana". Prometo fazer uma pesquisa sobre esse disco mais tarde, mas por hora fiquem com o som que é de primeira: uma música rasgada, em vários tempos diferentes, em momentos beira a psicodelia, em outros é black de primeira linha. O disco tem raiz no Afro Funk, mas está tudo ali: o jazz, o groove, Fela Kuti, Mulato Astatke. Mas é bom apertar os cintos antes de escutar: a sonzêra é pesada!!!!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Negroove - Eles não usam enê


Uma garrafa de cachaça quebrando no chão, a voz rasgada anuncia em bom samba que aqui o Exu só bebe com adoçante. Segura porque a roda começou.

A tal voz rasgada sai da garganta de Jr. Black e toma forma assumindo diversas vertentes da black music. Não é o clichê do caldeirão de influências, muito pelo contrário. É pernambuco mostrando que suas fontes de inspiração vão muito além do mangue. Não fique embasbacando com a quantidade de referências por segundo pois é perda de tempo. Negroove é uma banda sem rótulos feita pra botar o povo pra sacolejar e o santo pra descer!!! Destaque para a fumegante 'Caipora' que reforça mais uma característica notável do grupo: os vocais femininos que lembram pastorinhas.

A única ressalva fica no tamanho do disco. 15 músicas, que passam de uma hora de execução, parecem ser demais mesmo para o Negroove. Tinha espaço e tema para dois discos diferentes, que podiam ser trabalhados em épocas diferentes. Depois de “Caipora Maturi”, a décima, o ouvido começa a já ficar um pouco cansado. Mas como “Eles Não Usam Enê” é um disco de estréia, não chega a ser um pecado. A ocasião é mesmo para eles mostrarem a que vieram. E vieram fazer bonito!!!! Saravá!!!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Momo

No ranger do seu assoalho, num rasgo de papel, no vento. Em cada lembrança resgatada ponto por ponto, naquela noite difícil de dormir, você vai escutar a voz de Marcelo Frota, o Momo.

Seu segundo álbum, Buscador, eleva a categoria do novo folk brasileiro a algo que vem além, nebuloso, como a memória. Apropria-se de sonoridades minimais francesas - tiradas de uma craviola e um sintetizador Casionete a pilha; incorpora uma poesia visceral - própria do Clube da Esquina, de Belchior e Fagner; e carrega um passo pesado, daqueles que até então só encontrávamos em cancioneiros antigos do sertão. Tudo isso embebedado como uma esponja, cheia de recordaçoes que vêm e escapam.

Uma descrição de Momo como é atualmente deveria conter todo o passado de Marcelo. Mas ele não conta seu passado, ele o contém como as linhas da mão, escrito em beiras de praias, nas grades das janelas, cantado baixinho e visceral, acompanhado por uivos da banda. Momo é um cantor cigano, e seu segredo está na forma pela qual o olhar percorre as figuras que já passaram por si, enquanto seu passo segue em frente, devagar, atrás dos sapatos. Um esfacelo sem forma definida e sem fim, a memória que sucede como uma partitura musical da qual não se pode (nem se deve) modificar ou deslocar nenhuma nota.

Que não o tenham como sofrimento puro. A poesia de Momo busca a felicidade essencial, que traz consigo a dor de se deixar algo para trás. Mas é, antes de tudo, a felicidade contida no que está por vir. "A esperança é a última que morre", ele canta logo na faixa de entrada, e o álbum aos pouquinhos vai ganhando um tom cada vez mais leve, mais alegre, até que se conclue numa canção instrumental, de dedilhados pueris.

Entre muralhas, torres e romances destinados a desmoronar, Momo fica como a filigrana de um desenho tão fino a ponto de evitar as mordidas dos cupins. "E o sol nascerá", cantemos. Temos uma grande promessa.

Cabana Indica


Era Iluminada

A série de shows Era Iluminada pretende, a cada edição, apresentar, não de uma maneira linear, um panorama de certos movimentos, ritmos e gêneros que compõem a rica história da cultura musical brasileira e que, de certa maneira, funcionaram como trilha sonora de uma época.

Em setembro uma homenagem ao movimento Mangue Beat.

Com Lia de Itamaracá, Jorge Du Peixe, Fábio Trummer, Canibal, Alessandra Leão, Karina Buhr e Junio Barreto. A banda vai de: Lúcio Maia, Pupillo, Gabriel, Dengue, Toca Ogan, Eder, Roberto Manoel, Galego do Trombone, João Minuto e Bolinha. Direção musical: Siba.
Sesc Poméia, 26, 27 e 28/09. Sexta e Sábado às 21h, domingo às 18h. Compre antecipado pois deve esgotar. +info



No Studio SP tem:



segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Kiko Dinucci e Bando AfroMacarrônico - Pastiche Nagô


Kiko Dinucci (foto acima) Nasceu em São Paulo em 1977. Como compositor trabalha diretamente com a musicalidade paulista e paulistana, influenciado por compositores como Adoniran Barbosa, Paulo Vanzolini, Geraldo Filme, Raul Torres e também compositores contemporâneos como Itamar Assumpção, Luiz Tatit, Wandi Doratioto, entre outros. Seu cancioneiro é composto de Sambas, Lundus, Jongos, Batuques, Fox Trots, Cumbias, Rumbas, Boleros, Emboladas, Jazz, Macumbas e Modas de Viola.

Trabalha atualmente com o Bando AfroMacarrônico (foto ao lado), um projeto que se embrenha não só pelo samba, mas por tudo que cada integrante escuta e e leva consigo, da macumba ao jazz, da cumbia ao tango. É som de terreiro, batuque de preto e viola rasgada!! É som de roda, de moda, fecha o olho, deixa o tambor bater e gira na renda!!! Saravá!!

Pastiche Nagô foi lançado em 2008 simultaneamente no Brasil e EUA. O som é um raro mergulho paulistano nas tradições africanas. Os ritmos se manifestam de maneira cosmopolita, trafegando pelo samba, maxixe, música caribenha e principalmente por heranças da cultura bantu e yoruba oriunda dos cultos afro-religiosos difundidos no Brasil. Produzido por André Magalhães Pastiche Nagô conta com canções do próprio Kiko e do compositor paulista Douglas Germanoe.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Leandro Id Lascado

Este álbum não existe. Esse artista você também não conhece. A única coisa que existe é uma voz, uma bela voz que dá vida a um poeta franzino e surpreendente. Um poeta que usa a música como canal para transcender pensamentos, sonhos, sentimentos e sensações transformadas em belos poemas. Leandro Id Lascado é mais um talento que está por ai, a ser descoberto, apreciado e saboreado nas manhãs de labuta antes de bater o ponto. Em frente telas e junto as caixinhas de vários escritórios, bebemos do seu álbum belíssimos mixes de música com poemas.

Atente-se para as referências de Leandro Id, fino gosto e ótima mixagem. Vale lembrar também que, trata-se de uma concepção particular e totalmente independente do artista. Produzido com parcerias de outros amigos e poetas.

A capa, o nome e a seleção das músicas foram todas produzidas pelo blog Musicoteca, numa singela homenagem a um artista que merece no mínimo a trilha de uma tarde de um domingo chuvoso. Experimente.

Arnaldo Batista - Loki


Em 1974, Arnaldo Dias Baptista era um homem em depressão. Com a saída dos Mutantes e o fim do casamento com o amor de sua vida, Rita Lee, Arnaldo já não sabia mais quem era, já não sabia mais o que fazer com tudo o que havia conquistado e perdido.

Gravado logo após a saída de Arnaldo dos Mutantes, que continuaram fazendo Rock Progressivo com Sérgio Dias e cia., a banda que acompanha Arnaldo (Piano e voz) é formada por Dinho Leme e Liminha, ex-baterista e ex-baixista dos Mutantes. Nada de guitarras, talvez para fugir da "masturbação musical" de outrora, com o rock progressivo e viajante de "O A e o Z" (último disco de Arnaldo com Os Mutantes).

As músicas foram todas gravadas ao vivo em estúdio e, apesar da insistência dos músicos para refazerem alguns takes, Arnaldo queria o disco daquele jeito: Cru, urgente e cheio de arestas.

Arnaldo estava lá, também cru e urgente. Em plena forma como músico, Arnaldo carrega a banda para lugares nunca antes habitados pelos Mutantes, e comete um disco clássico. O compositor estava com apenas 26 anos e já havia mudado a história da música popular brasileira completamente, com os Mutantes.

Depois de ter despido a MPB e temeperado com pimenta o Rock´n Roll, era a vez de Arnaldo se mostrar por inteiro: emocionado, emocionante, sutil e psicodélico, musical e visual. O jovem Arnaldo Baptista tinha medo de virar uma lenda do Rock ("Será que eu Vou Virar Bolor?"), lamentava o fim dos Mutantes e chorava o amor de Rita Lee ("Uma Pessoa Só", "Te Amo Podes Crer" e "Desculpe"). Também havia espaço para o humor sarcástico e desafiador da época dos Mutantes ("Cê Tá Pesando Que Eu Sou Lóki?" e "Vou Me Afundar na Lingerie") e para impressões sobre o futuro ("Não Estou Nem Aí").

Aliás, "Não Estou Nem Aí" se torna incrivelmente emocionante se escutada nos tempos de hoje, após anos e anos de abuso de drogas e uma tentativa fracassada de suicídio, que acabou causando sequelas graves em Arnaldo. A música continha vocais de apoio de Rita Lee, e a emoção com que Arnaldo canta é assustadora.

"Lóki?" é um disco indispensável. Arnaldo Baptista mostrava, nesse disco, quem era o cérebro dos Mutantes.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Marcelo Camelo - Sou

Saindo do forno: olha aí o trabalho solo do Marcelo Camelo. Enquanto estou baixo o meu arquivo já coloco disponível o link para todos os que aqui bebem alguma música.
Degusta!

domingo, 31 de agosto de 2008

Luto :-(


Um dos mais importantes personagens da cultura popular de Pernambuco na atualidade morreu na manhã deste domingo (31). Manoel Salustiano Soares, o Mestre Salu, 62 anos, não resistiu aos problemas no coração e faleceu no Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco (Procape), por volta das 7h. O rabequeiro deixou a mulher e 15 filhos. O velório será na Casa da Rabeca, na Cidade Tabajara, em Olinda, às 13h. O enterro será no Cemitério Morada da Paz, mas o horário ainda não foi confirmado.

Mestre Salustiano, ou Mestre Salu, nasceu no dia 12 de novembro de 1945 em em Aliança, zona da mata norte de Pernambuco. Cresceu familiarizado com música por conta de seu pai, João Salustiano, tocador de rabeca. Além de tocar, Mestre Salu fabricava seus próprios instrumentos.
Apaixonou-se pelo cavalo-marinho ainda nas brincadeiras nos engenhos de Aliança. Foi um dos maiores dançadores de cavalo-marinho da região, interpretando diversos personagens: arrelequim, dama, galante, contador de toada, Mateus (durante nove anos), recebendo por isso o título de mestre.

Considerado um dos grandes nomes do maracatu, fundou o Piaba de Ouro, em 1997. Mestre Salu ainda inspirou a geração de músicos que formou o manguebeat, nos anos 90. Sua referência vai tanto do som, como nas letras. Salu foi um dos grandes responsáveis pela preservação da ciranda, do pastoril, do coco, do maracatu, do caboclinho, do mamulengo, do forró, do improviso da viola e de outros folguedos populares do folclore nordestino.

Fundou a Casa da Rabeca do Brasil, situada na Cidade Tabajara, em Olinda. O local abriga apresentações de danças, oficinas, encontros de maracatus rurais e cavalo-marinho, além de shows de música regional, acontecem eventos o ano inteiro.

Na época do carnaval, a Casa recebe caboclinhos, bois, burras, troças, ursos, além do seu maracatu Piaba de Ouro. No Natal, é palco para pastoril, ciranda, cavalo-marinho, entre os quais o Boi Matuto, com a participação de 76 figurantes e 18 pessoas brincando. Foi agraciado com o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1965, e já percorreu com a sua arte a maioria dos estados brasileiros e países como a Bolívia, Cuba, França e Estados Unidos.

Recebeu ainda, em 1990, o título de "reconhecido saber" concedido pelo Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco e o de comendador da Ordem do Mérito Cultural, em 2001, pelo então Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso. Gravou quatro CDs: Sonho da Rabeca, As três gerações, Cavalo-marinho, Mestre Salu e a sua rabeca encantada.

Mestre Salu era uma mistura de músico, produtor, artesão e professor. Fez turnês nacionais e internacionais, tocando sua rabeca e mostrando sua peculiar fusão de ritmos do folclore nordestino. Indicado pela Prefeitura de Olinda, foi escolhido pelo Governo do Estado, através da Lei nº 12.196 de 2 de maio de 2002, como Patrimônio Vivo de Pernambuco.

O peito apertou nesse domingo. Segue um álbum do já saudoso Mestre Salustiano.

(meste salustiano - sonho da rabeca)

Continue iluminando nossa música popular!!!!!!



sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Validuaté


Validuaté é Piauí. É um tempo e um espaço e vários espaços a um só tempo e ainda muitos tempos num só lugar. É um canto, um verso, um conto, uma fábula, uma epopéia ou como preferem cantar um fractal metamórfico - enfim hemos de afogar o mundo em livros - um bilhete, uma notícia, uma lista de coisas preocupadas com o tempo e um lugar pra não se preocupar com nada.

Validuaté: o mar só fala de boca cheia. Como um bando de gente livre pelo coração arrebatado: atitudes líricas bregas e algum complexo de épico. Só não pode meter medo em niguém, no mais, pode-se fazer o que quiser. Sugestões: dançar política, ler muito. Uma música com filosofia de pára-choque de caminhão instigante do fantástico.

Validuaté do Puauí: seis caras das cidades de União e Teresina pensando a harmonia dos atratores estranhos - que são os movimentos vários das culturas do resto do mundo. Escute. Deguste.

(baixar validuaté - pátios partidos em festa)

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Doces Cariocas


O CD coletivo Doces cariocas junta uma turma interessada em fazer música e explorar estéticas e idéias. Lançado pelo selo-cooperativa Abacateiro, soma nomes emergentes e interessantes em músicas com roupagens simples do dia-a-dia. A idéia é trazer para o CD um sarau do grupo. Funciona e vai além.

Sem grandes pretensões o CD faz ótimo vôo. É simples sem ser simplista, ao mesmo tempo agradável e instigante. Uma música que flerta com as tradições, mas inclui elementos novos e uma boa dose de felicidade celebrando o prazer de estar junto. O encontro junta a turma da música e o who is who traz os nomes de Pierre Aderne, Alexia Bomtempo,Marcelo Costa Santos, Os Lancelotti Domenico e Alvinho, Simoninha, Luis Carlinhos, Rogê, Silvia Machete, Ingrid Vieira, além dos instrumentistas Felipe Pinaud, Dadi, Mauro Refosco, Rafa Nunes, Lancaster e Pretinho da Serrinha.
Netos da Tropicália, filhos do B-Rock. Esse grupo de artistas cresceu em um ambiente de misturas musicais. E traz isso para as últimas conseqüências. No disco os Beatles encontram Luiz Gonzaga em Blackbird e Asa Branca. Em tempos de e-mails e scraps, na poesia a ave ainda pode trazer uma carta de amor no bico. Lucy no céu do sertão, a Ilha do Norte procurando um sol pra se esquentar. Outra fábula urbana, O canário e o curió mostra o eterno bom malandro carioca, fazendo hora extra na boemia. "É só deixar a porta da gaiola aberta / Que o teu canário com certeza vai voltar".

O disco é delicado, como prova a doce voz de Alexia Bomtempo na singela Chuvisco. O clima intimista de sarau é carregado nos violões, vocais e percussões. Despido de grandes pretensões, o grupo mostra que ser moderno não é encher a música de brinquedos eletrônicos. Doces cariocas é um delicioso movimento que não quer sair do lugar. Um cantinho, uma seresta; um grupo de amigos, uns violões; festas íntimas agora abertas para o público. (fonte: Ziriguidum).


quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Tom Jobim e Chico Buarque - Homem Iluminado

Voltei de férias e reabro a cabana em grande estilo. A cabana foi no dna da MPB e trouxe de lá um registro histórico do grande maestro Tom Jobim mostrando algumas músicas para Chico, o Buarque, colocar letra.

É o registro de um momento ímpar, de ebulição criativa de dois dos maiores gênios da musica mundial. É maravilhoso ver Anos Dourados e Luiza ainda sem letra serem solfejadas e arranjadas na hora. As gravações não estão com a qualidade muito boa pois são originais da fitoteca do Chico. (valeu demais a dica melão).

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Bobby Mc Ferrin

O que esse cara faz com a voz é impressionante. Nascido no Reino Unido, mas radicado em Nova Iorque, é filho do renomado barítono operístico Robert McFerrin (o primeiro cantor negro de prestígio na ópera). McFerrin trabalhou também com instrumentistas como Chick Corea, Herbie Hancock, Joe Zawinul e Yo-Yo Ma.

É muito conhecido por sua enorme extensão vocal de quatro oitavas e por sua habilidade de usar a voz para criar efeitos diversos. Além das performances ao vivo, McFerrin criou álbuns em que é o único músico, cantando e simulando instrumentos. É também capaz de entoar canto difônico - prática muito comum em países asiáticos - em que o cantor produz intervalos harmônicos e acordes a partir de uma só voz. É uma técnica de tirar o folêgo. (Dica do Bucho).

Férias!!!!!!

Estou saindo hoje e volto dia 10/08.
Moreré aí vou eu!!!
Até volta!!!