quarta-feira, 17 de junho de 2009

Orquestra Brasileira de Música Jamaicana - OBMJ

"Orquestra Brasileira de Musica Jamaicana" foi idealizada pelo músico e produtor Sérgio Soffiatti e o trompetista Felippe Pipeta, em 2005 e só colocada em prática em 2008. A idéia inicial era tocar música jamaicana de raiz, ska, rocksteady e early reggae, mas logo veio a idéia de tocar clássicos da música brasileira nesses estilos. Saiu agora o primeiro EP da OBMJ. Ficou deveras divertido com as faixas: Guarani, Tico Tico No Fubá, Carinhoso, Águas De Março, Ska Around The Nation (composição própria), O Barquinho e Águas de Março DUB.

João Donato e seu trio - muito à vontade (1962)

Sobre “Muito à vontade”, o jornalista Ruy Castro escreveu, por ocasião de seu relançamento em CD: “foi o seu primeiro disco ao piano e o primeiro mesmo para valer, com nove de suas composições entre as 12 faixas (...). Donato, que estava morando nos Estados Unidos durante a explosão da Bossa Nova, era uma lenda entre os músicos mais novos - para alguns, pelas histórias que ouviam, ele devia ser algo assim como o curupira ou a cobra d'água. Este disco abriu-lhes novos horizontes e devolveu Donato a um movimento que ele, sem saber, ajudara a construir”.

Café Brasil (2001)

Este disco "Café Brasil" é uma façanha. A começar pelo time de músicos espetaculares que juntou. Foi lançado antes no exterior, onde já vendeu quase 100 mil cópias. Consegue agradar desde quem nunca comprou um disco de choro até a seus cultores. São vários os clássicos como "Noites Cariocas", "Brasileirinho" e "1 x 0". Apesar de serem músicas interpretadas em qualquer roda de choro, cada uma ganha um charme especial que resgata sua originalidade. "Noites Cariocas" vem com um instrumento raro no choro, o acordeon de Sivuca. "1 x 0" refaz o dueto de Benedito Lacerda e Pixinguinha com dois dos nossos maiores instrumentistas de sopros, Altamiro Carrilho e Carlos Malta. "Brasileirinho" vira um duo de bandolim e cavaquinho com os virtuoses Joel Nascimento e Henrique Cazes. O fato de ter várias músicas cantadas torna o disco ainda mais atraente para um público não acostumado a ouvir música instrumental. É um disco de estrelas, como Paulinho da Viola (sempre fantástico), Martinho da Vila e Marisa Monte. A produção é do Rildo Hora.

O disco foi feito especialmente para uma gravadora alemã, que o lançou na Europa e EUA antes do Brasil. Quando começou a ser vendido aqui, já era um sucesso de vendas mundial. Acredito que será o principal responsável pela divulgação do Choro no exterior, depois de penetrações de pequeno alcance, como as coletâneas do Jacob do Bandolim lançadas nos EUA e o grammy latino para o Paulo Moura, e até algumas que não agradaram o paladar estrangeiro, como o disco "Bach in Brazil". O triste é ninguém do Brasil ter investido antes no potencial do choro como música de exportação. Deve ser mais fácil exportar bundas.

Antonônio Adolfo e a Brazuca (1970)

Recebi um email de uma amiga com o título "não se canta hoje como outrora". Havia uma música em anexo, fui ouvir, claro. Tratava-se da canção "Tributo a Victor Manga" cantada por Antonio Adolfo e a Brazuca, putaqueopariu, sem saber quem era Vitor Manga nem Antonio Adolfo fiquei emocionado e concordei com o título do email.

Percebi de cara que eram versos para um amigo que havia partido, mas, a autenticidade da emoção com que a música segue seu tempo é realmente coisa rara em dias de mesmismos. Os gritos são de um amigo inconformado, a letra de poeta e os arranjos de músico competente. De quebra baixei o LP inteiro e adorei o som, recheado de músicas que estavam muito a frente do ano de 1970, ano de lançamento do LP.

A canção "Tributo a Victor Manga" foi composta na madrugada que se seguiu ao acidente que vitimou Victor Manga, baterista do "A Brazuca", em 13 de agosto de 1970, e se constitui numa apologia a amizade, a saudade, ao terrível sentimento de perda de um amigo. Entre versos declamados e gritos lancinantes, os componentes do grupo expressam toda sua dor pela perda inesperada do amigo, num verdadeiro réquiem dos tempos modernos.

"Loki" tem pré-estreia nesta quinta-feira

A Folha e o Cine Bombril promovem nesta quinta-feira (18), às 20h, a pré-estreia do documentário "Loki", sobre a vida do ex-Mutantes, Arnaldo Baptista.

Após a sessão, haverá debate com o músico e o diretor do filme, Paulo Henrique Fontenelle. As senhas podem ser retiradas na bilheteria (Conjunto Nacional, av. Paulista, 2.073, tel. 0/xx/11/3285-3696), às 19h.