terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Bonsucesso Samba Clube


Em meados de 1999, surge o Bonsucesso trazendo já de batismo o nome de uma comunidade da cidade de Olinda. Samba Clube, uma justa homenagem ao Buena Vista Social Club – grêmio de festejados artistas cubanos. A interação entre Cuba e Olinda não era à toa, principalmente, porque ambas comungam de uma realidade toda especial – lugares carentes, mas que sobrevivem graças à inventividade de seu povo. A cidade de Olinda serve como pano de fundo e inspiração para a pluralidade sonora da banda, que mistura sons que abrangem do reggae e ao ska jamaicanos, do afro-beat passando pela música latina e do Norte do Brasil, assim como o samba, o coco de roda e demais ritmos pernambucanos.

Foi este engenho que impulsionou a banda a abrir caminho na música brasileira. O início da carreira é marcado por apresentações em eventos com a presença de amigos. Não tardou, o Bonsucesso estrearia nos principais palcos de Pernambuco, como o Soul do Mangue, Rec-Beat e Abril pro Rock, só para citar alguns. Na medida em que afinavam o repertório, gravaram no estúdio Batuka (do integrante Berna Vieira, na época ainda um estúdio caseiro).

Posteriormente, surgiu a proposta de produzir um álbum com o Selo Instituto e, em 2003, lançam o CD homônimo Bonsucesso Samba Clube de forma independente, em co-produção entre os selos YB e Instituto, com distribuição da Trama Music. Este disco conta com a participação de Otto (Ex- Mundo Livre S/A), Rica Amabis e Ganja Man (Instituto), Jorge Du Peixe e Pupilo (Nação Zumbi), Tiago de Melo (Songo), Karina Buhr (Comadre Florzinha), entre outros.

Sucesso de crítica e público em shows nas principais capitais do país e em sua primeira turnê na Europa, Bonsucesso Samba Clube foi aclamado como um dos melhores álbuns de 2003. Não à toa, as faixas de trabalho do disco “O Samba Chegou” (direção de Leo Crivellare) e “Pensei Se Há" ( diretor Helder Santos), estrearam na MTV, sendo este último indicado ao VMB como clip independente.

Não tardou veio o segundo cd da banda "Tem arte na barbearia". Nele, o sexteto olindense não poupa instrumentação e experimentalismos, mergulhando em uma proposta visceral, trabalhando arranjos e melodias. O álbum consegue aliar poesia nordestina às agruras e alegrias do homem contemporâneo, com esmero e originalidade em 14 faixas. A barbearia de Seu Isnar é o ponto de partida de Roger Man, vocal; Chico Tchê, baixo; André Édipo, guitarra; Berna Vieira, escaleta, teclado e percussão; Gilsinho, percussão; e Raphael B, bateria e percussão, que apresentam diversidade musical com um set de canções bem elaboradas. É sentar e ouvir...

2 comentários:

Anônimo disse...

essa inquietude do pernambucano é impressionante.

Anônimo disse...

O SAMBA CHEGOU !!!!!!!!!!