sexta-feira, 7 de março de 2008

Marina de la Riva


Com sangue cubano, mas nascida numa cidade do interior do Rio de Janeiro, Marina de la Riva desde cedo conviveu com o ritmo de Cuba e o swing brasileiro.

Esse disco é o resultado dessas influências, é uma tentativa de aproximação entre as duas nações. O álbum foi abençoado por Chico Buarque, que participa da faixa Ojos Malignos - um bolero de Juan Pichardo que Marina transforma em belo samba.

Outros bons músicos cubanos e brasileiros participam do álbum, que atinge seu melhor momento quando a moça da pele clara e sangue negro oferece uma leitura personalíssima para "Sonho meu" - um registro cool e minimalista que vai na contramão das gravações originais deste samba de Ivone Lara e Délcio Carvalho.

Essa menina moça, além de linda, soube experimentar com maestria e competência. Uma explosão de criatividade que mistura Havana com o sertão brasileiro, uma fusão de estilos que transborda no som e na delicadeza dessa cantora. Pode até soar estranho em um primeiro momento, mas é música de qualidade com uma pitada de inventividade.

Vale muito a pena conhecer.