sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Uakti


Uakti era um ser da mitologia indígena, seu corpo era repleto de furos que ao serem atravessados pelo vento emitiam sons que encantavam as mulheres da tribo. Os homens perseguiram Uakti e o mataram. No local onde seus restos foram enterrados nasceram palmeiras que os índios usaram para fazer flautas de som encantador como os produzidos pelo corpo de Uakti.

Mas aqui vou falar de um grupo que surgiu em 1978 com encontros regulares dos músicos na Fundação Artística de Belo Horizonte. A intenção era dar som e vida aos instrumentos que Marco Antônio Guimaraes começou a construir em um velho porão quando estudava em Salvador com seu mestre Smetak.

Em 28 de julho de 1980, o Uakti realizou sua primeira apresentação pública em um concerto realizado no MAP - Museu de Arte da Pampulha - dentro do projeto Musicanto. De lá pra cá os caras viraram referência mundial, conquistaram fãs no mundo inteiro e são motivo de orgulho para Minas Gerais.

Uakti é diferente de outras manifestações instrumentais. A raiz dos caras é a música erudita, mas eles entortam as músicas com uma delicadeza muito tocante. Recriam Tom Jobim, Milton Nascimento, Phillip Glass, Debussy, além de resgatar ritmos e manifestações musicais dos "brasis interiores" (essa brasa que conhecemos pouco), com percussão intensa.

Pra deixar toda essa redundância descritiva de lado, a solução é ouvir a música. Com os olhos fechados, de preferência.


3 comentários:

Anônimo disse...

LINDO DEMAIS!!!!

Cris Branco disse...

muito muito bom mesmo!!

Anônimo disse...

o que é bom a gente pede mais. Posta mais Uakiti!!!! pleeeeease!!!!
bjs de uma índia encantada