segunda-feira, 5 de maio de 2008

China - Simulacro (2007)

Onde você encontra no mercado um vocalista capaz de berrar como Iggy Pop, cantar baixinho como um fã de João Gilberto e destilar o romantismo da jovem guarda? E tudo ao mesmo tempo agora. China é um cara assim.

Ele começou ainda garoto no bairro Novo, cidade de Olinda, berrando à frente do Sheik Tosado. Depois partiu para carreira solo e, agora, também é o vocalista do projeto Del Rey, em que China participa junto com o pessoal do Mombojó cantando clássicos de Roberta Carlos.

Para gravar a álbum Simulacro, China reuniu um time de primeira: do Mombojó, vieram Chiquinho (teclado), Marcelo Machado (guitarra), Felipe S (violão e guitarra) e Vicente (bateria). Hugo Gila encarrega-se do baixo. Rafael B (Bonsucesso Samba Clube, bateria) e Pupilo (bateria) completam a lista de convidados. Pupilo assina também a produção. É uma rapaziada de mente aberta, capaz de deslizar sem atropelos por 10 composições que flertam com o psicodelismo, o samba e o rock brasileiro dos anos 60. Mas, atenção: as referências aqui não implicam em nostalgia, saudosismo e coisas do tipo. Este é um CD que sabe o terreno onde pisa: estamos no novo milênio e não em qualquer passado idealizado. É um som que atualiza as referências para construir uma sonoridade ligada ao aqui e agora.

Assista ao China participando do programa Canja do portal IG.





E baixe o som do cabra aqui:

5 comentários:

samambaias nas mãos disse...

que delicia de som!!!!
bom só pra ouvir, pra dançar, pra cantar, e para otras cositas mas....

quero o show!!!

paitomas disse...

Fomos a um show do China no último final de semana. E, claro, fomos pra turma do gargarejo falar que ele precisa ir tocar em BH. Sabe qual foi a resposta dele a um amigo? Disse que da última vez não quiseram pagar a passagem para ele ir para Belo Horizonte.

BH está precisando de gente mais profissional para produzir o novo cenário independete brasileiro. Ou alguém faz isso, ou vamos perder (se é que já não perdemos), nossa verve de vanguarda musical que viu nascer de Clube da Esquina a Sepultura, passando por Patos e Skanks...

samambaias nas mãos disse...

justamente...
e como são as coisas ne...faz uns quase quatro anos, conheci um cara q tinha um sonho lindo de trazer para BH a companhia ilimitada de compositores e demais artistas dessa nossa nova geração (que diga-se de passagem arrasa!), mas o sonho desse cara foi ficando perdido entre o concreto e os kilomentros que separam Belo Horizonte de São Paulo...
Ainda espero que esse cara resgate seu sonho...(que acabou por se transformar não só em seu) e
faça-o virar alegria para os olhos e ouvidos dos Belo Horizontinos!

Roberto Wolvie disse...

Tomé. curti mesmo esse cara quando vi o show do Del Rey. O cara tem uma pegada bem desencanada de moleque, mas canta com paixâo.
pena que, como o próprio disse na entrevista acima, o Del Rey pra ele é um projeto menor. Mas, também, dá pra fazer sucesso com uma banda só de covers?
Vou investigar esse álbum Simulacro depois, vamos ver no que dá. E força aê pra Minas, votos sinceros de um paulistano.
p.s.: deixei comentário no seu blog, agora vossa senhoria visita o meu também, rs.

Abraço, Mestre.

paitomas disse...

Fala professor,

agradeço a visita e já passo lá no seu blog...

Samambaia, não existe sonho perdido, existe sonho que vai se amadurecendo, ganhando corpo e transformando-se o tempo todo... BH ainda há de tremer!!!