quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Ortinho - Ilha do Destino (2002)

Em seu primeiro CD solo, o cantor pernambucano faz contundente crítica social – sem perder a criatividade, a poesia, o humor e o ritmo.

Sumido de Pernambuco, diziam que ele tinha abandonado a música. Desiludido, lendejavam que teria retomado sua veia de artista plástico e rumado pras Oropas. Correu boato de que o cantor havia virado locutor de rádio, apresentando programa de culinária agrestina. Já os maldosos sussurravam que, enfiado no fiado, o pernambucano teria arrumado um trampo de promoter no circuito do forró universitário. Besteirada.

Escondido pelas lendas que ele mesmo criava, Ortinho – nascido Wharton Coelho, em Caruaru, há 33 anos – encerrou sua participação na banda Querosene Jacaré, estava era inventando. Na miúda, concebia sua obra magna: Ilha do Destino. Seu primeiro CD solo nasceu graças a um trabalho incansável de depuração estilística – e o resultado é um som único. Nada fácil, para quem mixa na mesma canção maracatu e rock, rap e repente, ciranda e funk.

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