Samba de Rainha - Vivendo Samba

Quem disse que mulher não entende de samba é porque não conhece o grupo Samba de Rainha. Trata-se de nove cantoras, compositoras e instrumentistas que estão dando o que falar em São Paulo e já são bastante conhecidas nas principais casas noturnas da região. Elas são: Núbia Maciel, Sandra Gamon, Aidée Cristina, Carina Iglecias, Naná Spogis, Érica Japa, Gadi Pavezi, Pati Cavaquinho e Tati Pacheco. O resultado dessa união é um passeio pelas diversas vertentes do samba, acrescentando beleza, musicalidade, carisma e talento, traduzindo as diversas influências do grupo.

O Samba de Rainha surgiu aos poucos. Sabe aquela história de fazer ‘um sambinha lá em casa’, só de farra? Pois é, tudo começou assim. Pra quem é bamba, esse álbum é uma grata surpresa!!!

(baixar vivendo samba - samba de rainha)

Rivotrill - Curva de Vento

Animado por natureza, por sua levada nordestina, Rivotrill recorre ao pós-rock para mostrar a antropofagia em sua melhor performance.

Esqueçamos um pouco música brasileira. Falar em maracatu, frevo e até chorinho é a forma mais fácil de cair numa avaliação de Curva de Vento, o primeiro disco da carreira desta promissora banda de Pernambuco. Um álbum instrumental que alterna, a todo o momento, passagens introspectivas e propositadamente desengonçadas com esquetes nordestinamente animados de uma flauta orgânica e percussão bem grave.

Jazz, pós-rock, afro-beat, sutilezas, agressividade, Hermeto, Hancock, erudito. É como se Jethro Tull fumasse um e tropeçasse numa ladeira de Olinda. E nem precisamos dar conta disso, o que exatamente descende. O ideário da banda, o jeito de incorporar estas influências dá conta de tudo. Do chorinho podem vir os metais orgânicos e inesperados, mas na música do Rivotrill eles não parecem improvisos; um acorde do começo da música ganha sentido elevado lá no final, depois de ser construído metodicamente durante toda a composição.

Cada música é uma história bem contada, sem precisar de palavras.

Formada por três jovens de 26, 22 e 21 anos, a Rivotrill existe há um ano. “Curva de Vento”, lançado esse ano, conta participações de Naná Vasconcelos, Spok, Renata Rosa e Yuri Queiroga.

(Valeu a dica e as palavras celophanie)

(baixar rivotrill - curva de vento)

Richie Havens - Mixed Bag (1967)

E assim começou o woodstock em 1969, com Richie Havens tocando na abertura daquele festival que seria o mais importante marco no movimento de contracultura dos anos 60, foi o auge da era hippie. Para alguns, não foi somente o auge, mas também o fim do movimento, ou o início do fim:



Richie Havens nasceu em NY em 1941, foi criado no Brooklyn e fez sua carreira tocando folk americano. O cara tem uma técnica muito peculiar para tocar seu violão, ele usa uma afinação em Ré que permite fazer muitos acordes usando principalmente o dedo polegar.

No vídeo acima, era a segunda música do woodstock e ele começou a improvisar colocando a palavra FREEDOM em meio aos acordes e a letra de "Motherless Child". A inspiração dele contagiou e no vídeo vemos 400 mil pessoas sendo levadas pela música e se levantando ao mesmo tempo para "tocar" junto com Havens.


O álbuk Mixed Bag foi lançado em 1967 e tem um som interessante em músicas como "High Flyin´Bird" e "Handsome Johnny", minha favorita.

(baixar richie havens - mixed bag)

Beastie Boys - The In Sound From Way Out

Esse som não é nada novo, mas vale o post. Gosto bastante dos Beastie Boys e acho que eles dispensam apresentações. Legal perceber que eles são um dos poucos projetos que estão na ativa desde os primeiros tempos do hip hop e que ainda alcaçam um grande sucesso. O rap nervoso dos caras, com influências do rock e punk, é referência para artistas da cena hip hop e também de fora dela.

The In Sound From Way Out! é uma maravilhosa coleção de instrumentais de jazz/funk tocada pelos caras, isso mesmo Beastie Boys mandando jazz instrumental. Esse trabalho do grupo serviu para reafirmar que o universo musical dos Beastie Boys era bem mais amplo do que se poderia supor, por conta da imagem de rappers durões. Pode baixar que é uma Sonzêêêêêra!!!!!

(baixar o cd)

Bloco Quanta Ladeira no carnaval de Recife 2008

Pra quem não conhece, o Quanta Ladeira é nome do encontro de Lenine, Silvério Pessoa, Lula Queiroga, Nena Queiroga, Zé da Flauta, Pedro Luís, além de convidados que sempre aparecem por lá (Roberta Sá, Vanessa da Mata, Caetano, etc).

Trata-se de um bloco anárquico-libidinoso-maconheiro, que surgiu quando esses artistas começaram a se juntar pra cantar paródias, ficar bêbados e zoarem uns aos outros. No Quanta Ladeira "meu maracatu pesa uma tonelada" vira "pra eu comer seu cu falta uma polegada" e assim por diante. Diversão é garantida!!!!

Chega logo 2009!!! Que to querendo brincar novamente nas ladeiras de Olinda!!!

quanta ladeira parte 01
quanta ladeira parte 02

Doces Bárbaros 1976

Atendendo à pedidos, estou fazendo esse repost:

O grupo Doces Bárbaros foi formado em 1976, quando os quatro baianos Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa e Gilberto Gil se reuniram para o show Doces Bárbaros, no Anhembi (São Paulo). A turnê do espetáculo durou menos de um mês, já que Gil e o baterista Chiquinho Azevedo foram presos por porte de maconha, em Florianópolis. Pouco depois, o show foi retomado e bateu o recorde de bilheteria do Canecão (RJ), onde permaneceu por dois meses. Em seguida, foi lançado esse álbum Doces Bárbaros Ao Vivo.

(baixar disco 01)
(baixar disco 02)

Fica de olho - Tambor Mineiro

Bobbi Humphrey - Black and Blues (1973)

Bobbi Humphrey é uma flautista de jazz que transita entre o fusion e o pop-jazz. A banda segura o groove a nega desce a lenha em solos vigorosos de flauta. Sonzêra!!! Pra quem curte o groove e um pouco de instrumental, essa bolacha vai ser uma grata surpresa. Pesquisei um pouco sobre essa negra nascida no Texas que apareceu tocando em Dallas e percebi que sua popularidade ultrapassou, e muito, a aclamação da crítica, que não foi tão grande assim. E são esses os tesouros sonoros que a cibernética possibilita nosso acesso!!! Curte aí...

(bobbi humphrey - black and blues 1973)