Elomar Figueira De Melo é baiano, nascido em 1937 na cidade de Vitória da Conquista. Foi para Salvador e por lá terminou de cursar seus estudos formando-se Arquiteto em 1964. Usou essa profissão para manter-se minimamente no começo de sua carreira musical e esta, se deu de uma maneira totalmente sui generis. Primeiro pela formação musical; Aos sete anos de idade, teve contato com a música dos menestréis do nordeste e nas poucas entrevistas que deu sempre citava os “Três Zés”; Zé Krau, Zé Guelê e Zé Serrado. Adorava em particular, Zé Krau, pela forma épica, amarga, triste, lírica com que esse, narrava a dura realidade do sertanejo brasileiro.
Iniciou
a partir de então a sua carreira de peregrino Menestrel, de Viola na mão, de palco em palco pelo sertão do Brasil levando sua música aos desvalidos, aos poetas, aos músicos e aos intelectuais de linhagem pura, sem aquelas boiolagens academicistas que infestavam o eixo Rio-São Paulo. Seguiu assim até 1971, quando nesse ano da graça, chegou aos ouvidos do grande Vinicius de Moraes o tal compacto gravado em 1968/69. Eufórico, o poeta foi atrás do compositor daquilo que havia o levado as lágrimas e chegou na Fazenda de Elomar, enquanto esse, de carabina em punho dizia ao poeta que estava a caçar uma onça que insistia em atacar os seus garrotes de Bode. Vinicius achou melhor não se meter na peleja..
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Já Arthur Moreira Lima projetou-se internacionalmente no Concurso Chopin de Varsóvia. Desde então, Moreira Lima tem feito turnês em todos os continentes, lotando as principais salas de concertos do mundo. Entre as orquestras e os regentes famosos com quem já se apresentou, estão as Filarmônicas de Leningrado, Moscou, Varsóvia, Sinfônicas de Berlim, Viena, Praga, BBC de Londres, National da França, sob a direção de Kurt Sanderling, KiriIl Kondrashin, Mariss Jansons, Serge Baudo, Jesus Lopez-Cobos, Sir Charles Groves, Vladimir Fedosseyev, Rudolf Barshai.
Lançado originalmente em 1980, Parcelada Malunga é o álbum que traz um dos maiores encontros da música de nossos tempos, com Elomar, Arthur Moreira Lima, Xangai, Heraldo do Monte, Xangai e Zé Gomes. São 10 faixas imperdíveis gravadas ao vivo no Teatro Pixinguinha (SP), durante um espetáculo dirigido por Fernando Faro. Destaques para "As Curvas do Rio", "Cantiga de Amigo" e "Estrela Maga dos Ciganos".
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4 comentários:
Elomar, que bela lembrança Tomás. Parabéns!! Afinal de contas, trata-se de um dos maiores nomes da música brasileira que ninguém sabe, porque ninguém fala. Parabéns, vc falou, postou e dos deu um belo presente! Muitos beijos
"Só é cantador quem traz no peito o cheiro e a cor de sua terra, a marca de sangue de seus mortos e a certeza de luta de seus vivos..."
Boa, minino!!!
mais um som que desconhecia mais um que faço donwload sem saber o que viria e mais um presente, que lindas canções, que lindos arranjos que Deus abeçoe este blog por propagar tão boa música.
Obra prima !
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