agora) e Memórias Videntes do Brasil, sobre a obra de Pedro Nava.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgj0ano4Ox_7qkKeoPil2ynkBD3Ci9dHDVqw3d1a8bn9j0Zb-3tiHiJn7kfeOVPrnNa0ZNKQ_M1psOlHupnb9qG9YX4EoEmRUzr00q0QPYuhHBKX-rFIOdgK-xoUl9CTGfOriBaLUYxec/s320/orfeu2.jpg)
José Maria Cançado foi submetido em setembro de 2004 a um transplante de coração. No hospital, após a cirurgia, sua mente inquieta ainda encontrou inspiração para escrever O Transplante É um Baião de Dois, um livro de poesia. Cançado morreu de problemas cardíacos, em Belo Horizonte, aos 54 anos. :-(
Mas para nossa sorte e de nossos filhos e netos, ele nos deixou um legado maravilhoso de palavras costuradas cuidadosamente. Como está poesia que segue aí.
? Que vêm fazer aqui
os lilases de abril de tom eliot
nos poros da estática estouradaça
da caixa de som do rap e do xote?
? esse mantra do abril anglicano
na sirene ligada da língua saturno e onano
do rapper e seu programa de paupéria e glória
do terceiro-urbano?
Personas e máscaras dos poetas
do mundo inteiro, uni-vos
e no mesmo passo desuni-vos
no despaisado da vossa condição e lilases:
Tal qual a zona liberada,
num palco da periferia do Brasil,
como a composição de um novo terno
e de um vasto mundo conato,
por tom eliot, seu pelo lilás pentecostal,
e o sujeito marrento no palco,
se a realidade não escreve
nem jamais escreveu,
ela ensaia uma ficção suprema,
entrar e sair do seu lugar nos livros,
e realizar-se no destino emancipado do poema.
os lilases de abril de tom eliot
nos poros da estática estouradaça
da caixa de som do rap e do xote?
? esse mantra do abril anglicano
na sirene ligada da língua saturno e onano
do rapper e seu programa de paupéria e glória
do terceiro-urbano?
Personas e máscaras dos poetas
do mundo inteiro, uni-vos
e no mesmo passo desuni-vos
no despaisado da vossa condição e lilases:
Tal qual a zona liberada,
num palco da periferia do Brasil,
como a composição de um novo terno
e de um vasto mundo conato,
por tom eliot, seu pelo lilás pentecostal,
e o sujeito marrento no palco,
se a realidade não escreve
nem jamais escreveu,
ela ensaia uma ficção suprema,
entrar e sair do seu lugar nos livros,
e realizar-se no destino emancipado do poema.
3 comentários:
Ô nego véio, grande irmão Pai Tomás,
visito diariamente a Cabana e sempre me deparo com pérolas e novidades da melhor qualidade.
Mas agora você me fez chorar de saudade. Chorar mesmo! Nem acreditei quando vi! Além de ser meu tio, Zé Maria Cançado foi o cara mais extraordinário que já conheci.
Foi meu tio, amigo, pai, irmão, filho, cumpadre de noites e dias, e, acima de tudo, meu ídolo.
Valeu pela homenagem!
Viva Tio Zé!
VIVA !!! Vive!!! Através das palavras e todas as coisas que vcs contam, "Tio Zé" VIVE!!!!
Infelizmente não tive o prazer de conhecer o "Zé". Mas, FELIZMENTE, ele nos deixou essa herança cultural que está aí.. e que o deixa muito vivo entre todos que se propõe a adentrar em sua literatura, que é de primeiríssima categoria tb!
Salve salve a boa música, a boa literatura, os bons amigos e as maravilhosas lembranças!!!
Grande Tô, fico enaltecido e emocionado com sua homenagem ao nosso Zé (ele era, é, e será do público, do povo, das massas..."Nascer é lajedo, renascer é multidão").O artigo que você escolheu ficou no ponto! Te agradeço de coração, por divulgar esse "coração com suas duas mãos e todo sentimento do mundo" que nos deixou! Podemos, claro, continuar a publicar textos inéditos dele aqui no blog. Um grande abraço, do seu amigo e do saudoso filho, para você,meu caro, nessa Paulicéia Desvairada de Mário. Continuaremos conversando...
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