Nos anos 60, rara era a escola que não tinha a sua bandinha ou fanfarra. Bocato conviveu com grandes músicos de S. Bernardo que saltaram dos campeonatos escolares para o profissionalismo. Ele vai lembrando: “Nonô Camargo, Bangla, François, Gil trompete...”. Uma geração de feras, que marca forte presença até hoje em nossos palcos e estúdios.
Esta turma explodiu acompanhando Arrigo Barnabé, no histórico festival universitário da TV Cultura, em 1979. A quebradeira que eles promoviam no palco chamou a atenção do meio musical, e Bocato foi convidado para tocar com Elis Regina, no show Saudades do Brasil em 1980. Daí pra frente, virou estrela do primeiro time: tocou na banda de Roberto Carlos, acompanhou vários astros da MPB, participou de orquestras e big bands. Grava constantemente com a nova geração, como Maria Rita, Simoninha, Ná Ozzetti, Zé Miguel Wisnick, Gal Costa, Zeca Baleiro, Nação Zumbi, Jairzinho e outros
Mas Bocato é um experimentador, formado em composição e regência, e sempre desenvolveu o trabalho instrumental, solista ou em grupo. Gravou discos no Brasil e no exterior, aperfeiçoando sua visão pessoal de música brasileira com improvisos jazzísticos.
Seu último trabalho autoral é “Cacique Cantareira”(valeu a dica Rafik!!!), onde desfia com sua banda um repertório inédito de alta octanagem.
Dominando todas as vertentes da música popular contemporânea, o homem não esgota seu estoque de surpresas. Como ele mesmo diz, no subtítulo do último CD: “Quebre tudo, mas toque certo!”
Hoje Bocato mora novamente em S. Bernardo, no mesmo bairro onde nasceu, e comemora quatro décadas de casamento com o trombone. Uma união que começou sem querer, e acabou virando paixão eterna.
3 comentários:
Salve Bocato e a Cabana do Pai.
Ô saudade das "balada" de Sampa, viu!?
Abraço.
a cabana ta sempre aberta e sampa nunca deixa nois na mão, cumpadi.
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