![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaDpgMcwk_UyYX8jWUbvi86ZeGIyrjgC3BxX4-x4x4UQGfARGvD6pN7F_T2BSXIqFiDVrcvTD5w6Dg6OJ1-lfgFpbe52Cyb8I5_ykbHUcIlDuv8MpHLIQJPm-_NlnSdnNzN3CcQNB1aOI/s320/jards-macale.jpg)
Jards Macalé, primeiro disco do cantor carioca, é um dos trabalhos mais inusitados da música brasileira. Um disco até hoje duro de ser conceituado - e por isso mesmo genial, e tantas vezes esquecido. Feito após Jards ter passado por experiências diversas como músico, o álbum marcava sua transição para a via pop, revolucionando a música brasileira ao mesclar rock, samba, eruditismo, jazz, bossa-nova, tropicalismo, melancolia e sofrimento em doses cavalares. Gravado às pressas, da forma mais minimalista possível (com Jards no violão, Lanny no violão solo e no baixo e Tutty na bateria), o disco traz uma sonoridade crua, anti-comercial, com letras que chegam a soar punks. O LP abre com "Farinha do desprezo", quase um anti-rock, desconstruído, misturado com samba e jazz (a letra: "só vou comer agora da farinha do desejo/alimentar minha fome para que nunca mais me esqueça/como é forte o gosto da farinha do desprezo"). "Revendo amigos" chegou a ir 12 vezes para a censura, encucada com versos como "se me der na veneta eu morro/se me der na veneta eu mato".
A ousadia custou caro: Jards Macalé acabou tendo pouca tiragem e logo foi tirado de catálogo. O cantor iniciou uma série de shows, mas continou com problemas de colocação no mercado.
Um comentário:
"olha, não é nada disso, é fácil entender. ele só veio para me dizer adeus. mas o que eu queria mesmo era não ter mais medo de me comover... e mesmo assim fiquei pensando.. que a gente podia viajar
e fazer um álbum de fotografias, pra depois queimar, e depois lembrar, e depois queimar..." vou ver o menino "sem essa" lá atrás de casa sábado! com o jorge mautner, detalhe. recomendo, ainda não esgotou e tem domingo também.
Postar um comentário