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Gravado no estúdio Fábrica, na Várzea, e mixado no Manguenitude, em Casa Forte, todas as músicas do disco do Estrela Brilhante foram arranjadas pelo mestre Walter (foto ao lado), também autor da maioria das toadas do álbum. Sambista, com passagem por várias escolas do Recife, mestre Walter integrou-se ao maracatu há nove anos. Esse seu passado de sambista influenciou as toadas do Estrela Brilhante, bem mais melodiosas do que o que comumente se escuta em maracatus tradicionais de baque virado.
O produtor Zé da Flauta, responsável pela mixagem do disco, já teve experiências anteriores em estúdio com maracatus (foi o produtor do primeiro CD do Nação Pernambuco), e confessa ter ficado satisfeito com o resultado desse trabalho. “Considero a produção mais tranqüila em que trabalhei, todo mundo no maior astral. Foi gravada inicialmente a percussão, e depois as vozes, sem artifícios de estúdio”, diz
Apesar ter surgido na primeira década do século passado, fundado por ex-escravos, em 1910, por se localizar num bairro onde, nos ultimos dez anos, a cultura pop tornou-se muito forte, com bandas conhecidas nacionalmente, tais como Devotos ou Faces do Surbúbio, o maracatu do Mestre Walter e de Dona Marivalda é o preferido por músicos da cena mangue, entre eles Wilson Farias, ex-Cascabulho, Eder “O” Rocha, do Mestre Ambrósio, e Silvério Pessoa, que faz uma participação especial no CD. “Eu conheci o Estrela Brilhante levado por Wilson Farias, que é batuqueiro do maracatu. Já no Abril pro Rock de 98, o Estrela Brilhante participou do show do Cascabulho”. Neste disco Silvério Pessoa adaptou a sua Clementina de Jesus no Morro da Conceição (Delírios da Ressurreição), acrescentando na letra o nome da rainha do Estrela Brilhante, dona Marivalda.