Experimentou a mistura dos sons do rock com o samba e o funk, criando uma linguagem urbana, trazendo ainda na bagagem sua experiência como ogã no terreiro de Candomblé de seu pai. Itamar compunha apoiado na linha do contrabaixo "componho para o contrabaixo. Não é harmonia, acorde, são só notas".
Poeta e músico genial, viveu à margem da mídia, recusando-se inclusive a editar suas músicas e a entrar no que chamava de sistema. Negro, foi parar na cadeia com 23 anos de idade, quando esperava um ônibus na Rodoviária de Londrina com sua mala e um toca-fitas. Passou cinco dias preso e incomunicável, num cubículo com mais uns quinze caras lá dentro, todos de cócoras porque não havia espaço para deitar. Itamar afirmou que não usaria essa experiência em música, no entanto é interessante notar que a primeira banda que formou chamava-se Isca de Polícia, e até hoje, é difícil alguém pensar em Itamar Assumpção sem chamar pelo Nego Dito.
Faleceu vítima de câncer, em 12 de junho de 2003 - mais do que um grande compositor, o Brasil perdeu um gênio, um mito, aquele que mais inovou a música paulista.
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(baixar o som)
Da uma olhada em um dos vídeos que fiz no show no homenagem a Itamar Assumpçãop que rolou no SESC Pompéia:
Da uma olhada em um dos vídeos que fiz no show no homenagem a Itamar Assumpçãop que rolou no SESC Pompéia:
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